Antes mesmo de por os pés no mundo já ouvia falar de amor, do bem e da falta que faz. Ouvia muito,
via pouco.
De uns tempos pra cá, diziam que
o amor acabou, que a culpa era de quem deu a quem não merecia. Nunca
acreditou.
Decidiu que se não via o dos outros, mostraria o seu.
Decidiu que se não via o dos outros, mostraria o seu.
Às vezes conseguiu. Às vezes mais, às vezes menos.
Queria que
fosse sempre mais e só não era porque muitos não reconheciam o amor, mesmo a uma pequena distancia; Queria, mas não podia emprestar os olhos.
Vez por outra ouvia aquela comparação ridícula entre amor e carência. Era um tapa na cara, doía, mas Lidava com a confusão - natural de quem não tem intimidade com sentimentos - de maneira singela. Estava decidido, amaria.
E amou. Amou porque para ele, o sentido do amor era "ida".
O amor "de volta" é reciprocidade.
Sabia que só a ida dependida dele,que talvez nunca tivesse volta, e foi.
Dizem que foi longe, até onde conseguiu.
Seguiu a vida (Só)rrindo por aí, leve, livre, amando sem juras, lançando amor ao
vento.
Certeza nenhuma! Só torcia que o sopro fosse certeiro.
Dizem que já foi mais forte.
Acho que não.
É que hoje resiste ao ímpeto de encher os pulmões e gritar que o amor não acabou.
É que hoje se poupa,
É porque aprendeu que amor também é questão de fôlego.
É preciso saber lidar com quem não sabe ser amado e repele. É preciso insistir, é preciso ter fôlego pra isso.