Não tem coisa de homem ou coisa de mulher,
mas sim, homens e mulheres para cada coisa.
Se você é daqueles que acha que mulher tem
que baixar a cabeça para marido porque ele paga as contas, e é o homem da
casa, acha justo que mulheres que trabalham duro, de igual para igual, com a
mesma competência há séculos, recebam salários inferiores dando graças a Deus,
vai achar que lutar para que seja diferente é feminismo.
O que faz tudo parecer uma grande ironia é
que mulheres lidam com os mesmos dilemas pessoais, profissionais, espirituais, tem uma jornada de trabalho dura e competitiva tal qual a dos homens, se alternam nos papeis de mulher-esposa-mãe-pai, seja por escolha, por
sorte ou golpe do destino, são carinhosamente chamadas de sexo frágil,
enquanto homens são considerados uma Rocha.
Não
deveria ser uma quebra de braços, mas é.
Pensar e agir
como se fosse uma luta entre mocinhas frágeis e guerreiros heróis é que faz
tudo isso parecer ser um jogo desleal.
Ah se houvesse um mundo em que não precisasse
de data para cobrar igualdade de dignidade, onde os direitos adquiridos fossem
assegurados e postos em prática por uma iniciativa individual e coletiva,
naturalmente. Seríamos mais civilizados se o respeito fosse resultado da
consciência e "maturidade social" e não de uma luta diária.
A história está aí provando que tem mulher e homem para cada coisa e não coisas de mulher e de homem, que os grandes feitos da humanidade foram realizados por pessoas que questionaram o padrão comum, rasgaram rótulos, não consideraram a força ou subestimaram a competência baseado no gênero.