Na amizade, no amor ou no
trabalho, é um jogo.
Quando as emoções não se encaixam
nas lacunas, o muro cresce.
A gente vai tentando aprender a
jogar, já jogando, tentando mover os blocos perfeitamente pra se encaixar na
família, no grupo de amigos, no trabalho, ser bem sucedido.
A gente vai juntando, torcendo pelos
tijolos trincados, tentando preencher várias linhas ao mesmo tempo, querendo
ganhar muitos pontos pra ser feliz.
Se a vida tivesse sobrenome,
poderia ser tétris - uma corrida contra o tempo, esse lance de descobrir quase
instintivamente, onde se encaixa. Mas a vida também poderia se
chamar quebra cabeça, xadrez, tiro ao alvo, arco e flecha.
Quando
as emoções não se encaixam e o muro cresce, a gente precisa aprender a voar e pousar suave, porque nem tudo se resolve com força e marreta.